terça-feira, 31 de agosto de 2010

Coelreutéria (Koelreuteria paniculata Laxm.)



Josef Koelreuter
Josef G. Koelreuter (1733-1806), foi o botânico alemão que primeiro que todos percebeu o conceito de hibridação nas plantas, a partir das suas experiências com plantas diferentes da família do tabaco. Quando as cruzou verificou que as plantas filhas tinham características de ambos os progenitores, mas eram estéreis. Esta observação de polinização cruzada abriu caminho para posteriores investigações que culminaram com a descoberta das leis básicas da genética pelo frade Gregor Mendel em 1866.

Erich Laxmann



Terá sido por isso que outra personagem fascinante do século XVIII, o padre-explorador-comerciante Erich G. Laxmann (1737-179), de origem sueco-finlandesa e famoso pelas suas explorações na Sibéria, China e Japão, lhe terá dedicado esta extraordinária árvore: a Koelreuteria paniculata Laxm.




 Conhecida em Portugal como “coelreutéria” ou “árvore-da-chuva-dourada” (uma tradução directa do inglês “goldenrain tree” é originária da Ásia, em particular da China, Coreia e Japão. Introduzida na Europa em 1763 na Inglaterra para as coleções botânicas do Conde de Coventry, já se encontra em Paris em 1789 e a partir daí torna-se presença apetecida nos parques e ruas europeias. 

Esta espécie adapta-se bem às condições climáticas portuguesas e tem uma razoável resistência à poluição urbana; tem escala interessante para enquadramentos e alinhamentos urbanos. As raízes, oblíquas, adequam-se à sua utilização em áreas pavimentadas. A copa, pela floração e frutificação, de Junho até Outubro, é muito interessante.

A Koelreuteria paniculata L. é uma pequena árvore, caducifólia, que pode chegar aos 12 metros de altura, mas que não ultrapassa normalmente os 6 a 8 metros mas nossas ruas. A copa é esférica mas irregular, o tronco acinzentado com fissuras, e as raízes oblíquas. Folhas verde-escura, com pequenos pelos na página inferior. As flores são muito cracterísticas, pequenas e de cor amarela, aparecendo em Junho / Julho. O fruto, um dos mais caraterístico das árvores das nossas ruas é formado por três segmentos, em forma de cápsula pontiaguda, durando até Setembro / Outubro na árvore. Cada segmento do fruto contem uma semente esférica de cor negra que se pode guardar e semear, de preferência depois de as mergulhar em água quente a 70º, seguido de 30 dias em areia húmida.

Nas nossas paragens encontra-se, em geral bastante maltratada mas a aguentar-se, nos alinhamentos da Rua Helena Vaz da Silva, desde o cruzamento da Carlos Paredes até ao Parque Oeste. É ir vê-las, os seus corações de papel merecem a visita.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Gostos não se discutem...educam-se!

Na sequência do post anterior, mostro aqui uma fotografia que fiz recentemente no Jardim do Luxemburgo, no centro de Paris.

Parece-me um excelente exemplo de objectivo que devemos almejar para as nossas árvores urbanas: bem adaptadas ao solo e clima, com dimensão e escala adaptada ao local em que se encontram, com funções estéticas relevantes, bom valor microclimático e ecológico, criadoras de espaços e emoções positivas!

Para atingir estes objectivos e exemplos, não falta informação, mas é preciso transformá-la em conhecimento! Para tal, encontra-se por exemplo aqui disponível um bom documento de síntese sobre a poda correcta de árvores ornamentais. É estudar e tentar fazer bem, porque gostos não se discutem...educam-se!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Isso é poda?

Recebi este mail de uns amigos das árvores de Petropolis, alertando para um problema infelizmente muito comum, pelos vistos tanto cá, como lá.

Importa realmente acabar de vez com estes erros que são verdadeiros atentados estéticos, funcionais e ecológicos. As árvores são fundamentais nas nossas cidades e não é assim que temos de as tratar.

A ideia do video de denúncia deste caso é excelente e de certeza que alertará as consciências e tornará mais difíceis futuros actos semelhantes. Espero que tanto lá, como cá!

Obrigado amigos, estamos solidários com a vossa campanha e atitude.

domingo, 15 de agosto de 2010

Pequenas ajudas...

Ao longo dos tempos têm sido vários os pedidos de identificação de árvores (ou mesmo de arbustos e herbáceas) que me têm chegado ao mail. Julgo que terei respondido a todos (ou quase). De algumas espécies que ainda não tinha referido no blogue ficam imagens enviadas para o meu mail e a minha respectiva identificação. O meu obrigado a quem enviou as fotos, muitas vezes ficamos amigos. Os que quiserem outras pequenas destas ajudas, disponham, o mail está ao lado...

Ulmeiro (Ulmus minor)
Astrapeia (Dombeya willichii)

Glícinia de flores vermelhas (Sesbania punicea)
Mimosa (Acacia dealbata)
Árvore-coral (Erythrina crista galli)